Doença nova, remédio novo
Muitas pessoas encontram-se preocupadas com sua situação financeira ou com os próximos meses da economia mundial. Seja porque perderam o emprego, seja porque estão preocupadas com a manutenção de seus negócios. Ora bem, o dinheiro não desapareceu, ele só não está circulando. As necessidades não desaparecerem, elas estão latentes. Então, está tudo aí: mercado e dinheiro. Mas como chegar até eles? Como fazer o dinheiro circular? Não há uma receita pronta, contudo, o primeiro passo é perceber que remédio velho não funciona para doença nova! Muitos estão querendo agir da mesma forma que agiam antes da pandemia. Mas, não pode ser. É preciso inovar. Na semana passada, assisti a uma palestra online do Ikea, na qual a responsável pelo departamento de marketing do grupo em Portugal, comentou que a empresa está trabalhando com o fato de que as pessoas passarão mais tempo dentro de casa, ou em reunião com a família, ou em teletrabalho. Bem, quem realiza reuniões de trabalho em casa já se deparou muitas vezes com situações em que, de repente, uma criança aparece na frente da tela, ou então, alguém nos chama para perguntar algo sobre o funcionamento da casa e desvia nossa atenção. Uma vez que essa é uma tendência, como as empresas podem se preparar melhor satisfazer essas necessidades? Para acompanhar esses comportamentos? Normalmente, estas pessoas procuram um local mais isolado dentro de suas casas, os quartos, por exemplo, podem virar escritório. Mas será que esse espaço está preparado para atividades profissionais? Desta forma, a gigante Sueca pretende desenvolver soluções inovadoras para transformar, ou adaptar, a nossa residência em um ambiente profissional e confortável. Da mesma forma que o Ikea, o proprietário da Take Air, uma empresa do setor de ar condicionado, comentou sobre sua preocupação em criar estratégias para adaptar seus serviços as novas necessidades das famílias: ter um ambiente confortável para o Home Office. A empresa está trabalhando com a hipótese de que os aparelhos permanecerão ligados por um período de tempo maior, o que poderá resultar em um maior consumo de energia, e a necessidade de manutenção dos equipamentos mais frequentemente. As pessoas que trabalham em casa também sentem fome, mas não tem tempo para preparar almoço. Por outro lado, o acesso aos restaurantes está reduzido. Muitos restaurantes estão a preparar o "prato do dia" para viagem. Ou seja, recebe-se um menu semanal exatamente como o do restaurante físico. Com isso, os restaurantes garantem seu faturamento, as pessoas continuam almoçando, e as empresas de delivery agradecem. Aliás, nunca o setor de entrega trabalhou tanto! O que estas empresas estão fazendo? Aplicando um remédio novo. E você já começou a pensar em qual remédio aplicar para o seu negócio?